Nota da Direção sobre o ataque da CGU à UFMG e a reitora Sandra Goulart

O SINDIFES vem a público manifestar sua solidariedade à reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart Almeida, que sofre mais um ataque deste governo fascista e negacionista  que tenta desacreditar as Universidades Públicas e seus dirigentes.

A Controladoria Geral da União (CGU) abriu um processo para averiguar supostas irregularidades na execução da obra do Memorial da Anistia Política e, ao final deste processo descabido, tenta impor sanções à reitora da UFMG, assim como ao ex-reitor, professor Jaime Arturo, e a ex-vice-reitora, professora Heloísa Starling.

A Direção do SINDIFES vê o mesmo modus operandi da Polícia Federal que, em 6 de dezembro de 2017, prendeu o então reitor, o prof. Jaime Arturo Ramirez; a vice-reitora, profa. Sandra Goulart Almeida; e das ex-vice-reitoras, professoras Rocksane de Carvalho Norton e Heloísa Starling. Também foram levados o prof. Alfredo Gontijo, ex-presidente da FUNDEP e os Técnico-Administrativos em Educação, Silvana Coser e Antônio de Assis.

Sem direito à presunção de inocência, sem o devido processo legal, foram todos levados, de forma violenta, para a sede da polícia federal para prestar esclarecimentos, tendo negado pedidos de acompanhamento de seus advogados e até mesmo explicações sobre o porquê estavam sendo detidos. 

Lembramos que após três anos de investigações, em junho de 2020, a Procuradoria da República de Minas Gerais e o Ministério Público, após avaliarem o inquérito, as justificativas apresentadas pela UFMG e a conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) pediu o arquivamento do caso, por confirmar a legalidade da conduta da Universidade e de seus dirigentes.

Nos assusta que a CGU sem ter competência para abrir tal processo, conforme versa o Decreto nº 3.669/2000 (somente o Ministério da Educação teria autoridade para fazê-lo) tenha feito e incluído a recomendação de afastamento por 20 dias para a reitora Sandra Goulart. Acreditamos que há uma intenção de manchar a imagem da instituição e de seus dirigentes, assim como tumultuar a condução das atividades desenvolvidas.

Em um momento de crise sanitária e econômica, onde os esforços deveriam ser concentrados na luta contra a pandemia de COVID-19, a CGU busca refazer investigações feitas por outras instituições e arquivadas por não encontrarem irregularidades. Em um claro desperdício de tempo e recursos que poderiam ser utilizados para garantir o uso correto do dinheiro público, principalmente dos gastos relativos ao combate à pandemia.

A Comunidade Universitária da UFMG, nunca se curvará ao arbítrio.


Disponível em <https://sindifes.org.br/base-do-sindifes-assembleia-de-greve-atividade-na-ufmg-25-04/> Acesso: 25/04/2024 às 01:12