Parlamentares junto a movimentos sindicais e sociais intensificam ofensiva contra a reforma da Previdência

Na manhã de terça-feira, 06, a FASUBRA Sindical acompanhou a audiência pública que discutiu o relatório da CPI da Previdência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal. Presidida pelo senador Paulo Paim (PT/RS), a sessão contou com a presença de parlamentares, especialistas sobre previdência e representantes dos movimentos sindical e social. Coordenadores e militantes da base da Federação prestigiaram o evento.

Especialistas questionaram inconstitucionalidade da proposta. Segundo Mauro Silva, da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a Constituição tem entre os princípios básicos o direito social, que só pode ser retirado caso não tenha outro meio para ajustar as contas públicas.

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Para Silva, na CPI da Previdência várias entidades mostraram que, “o governo não faz sua lição de casa para ajustar as contas da Previdência, não combate fraude, não combate a sonegação e dá benefícios fiscais a empresários que tem alta capacidade de contribuir para o Estado”. De acordo com Silva, não há necessidade de reforma.

Segundo o senador Hélio José (PROS/DF), o relatório foi aprovado por unanimidade, inclusive pelo líder do governo na Casa, demonstrando que as contas estavam em bases erradas. “Na verdade, o que ocorre é uma grande falta de gestão e de direcionamento correto, além do sucateamento do INSS”, disse.

Após a divulgação do relatório da CPI da Previdência, R$ 43 bilhões foram retirados da Seguridade Social e da Previdência, de acordo com dados da Receita Federal de empresas petrolíferas e do agronegócio.

Ato contra a Reforma da Previdência

No período da tarde, a FASUBRA Sindical participou do Ato contra a Reforma da Previdência e em defesa da democracia. Parlamentares e movimentos sindical e social lotaram o plenário 2 da Câmara dos Deputados.

Parlamentares junto a movimentos sindicais e sociais intensificam ofensiva contra a reforma da Previdência 2

Com o mote, “se votar, não volta”, os manifestantes deixaram claro a posição contrária a aprovação da reforma da Previdência aos parlamentares. A oposição ao governo no congresso tem como estratégia iniciar o ano com obstrução do Legislativo, até a retirada da reforma da Previdência da pauta da casa. Duas medidas provisórias não foram votadas no plenário da Câmara, a que alonga o prazo para investimentos das empresas em rodovias federais objeto de concessão (MP 800/17) e outra sobre renegociação de dívidas de entes federativos com a União (MP 801/17).

Os movimentos sindical e social seguem construindo atos nos estados e aeroportos pressionando os parlamentares contra a reforma. No dia 19 de fevereiro, centrais sindicais e movimentos populares organizam uma paralisação em todo o país.

A FASUBRA orienta a participação das entidades de base a realizarem, onde for possível, paralisação com atos de rua e nos aeroportos.


Disponível em <https://sindifes.org.br/doe-para-o-bazar-de-greve-do-hc-ufmg/> Acesso: 20/04/2024 às 03:05