28º Grito dos Excluídos e das Excluídas: “Independência para quem?”

No dia 7 de setembro de 2022, o Grito dos Excluídos e das Excluídas, em sua 28ª edição, vai novamente às ruas do Brasil com o tema “Vida em primeiro lugar” e para perguntar: “Independência para quem?”. Em Belo Horizonte, a concentração começa às 9 horas na Praça Vaz de Melo (Avenida Antônio Carlos com Rua Além Paraíba) – embaixo da passarela Lagoinha, no Bairro Bonfim. A marcha será até a Ocupação Pátria Livre, no Bairro Santo André, próximo à Pedreira Prado Lopes, com intervenções políticas e apresentações culturais. Haverá venda de almoço a preço popular.

Desde 1995, movimentos populares, grupos da sociedade civil e ordens religiosas se unem no dia 7 de setembro contra as mais variadas formas de exclusão. Em 2022, ano que marca o bicentenário da Independência do Brasil, a ação coletiva tem como objetivo denunciar injustiças na construção da soberania nacional e negligências do governo Bolsonaro.

No marco dos 200 anos de sua Independência, o Brasil convive com o aumento da desigualdade social, a volta ao mapa da fome, altos índices de desemprego e a ampliação da crise ambiental.

Diante desse cenário, o 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos propõe a reflexão sobre as contradições da Independência brasileira e as tarefas inconclusas na construção da soberania nacional e popular.

“A independência ainda não aconteceu. Na verdade, a dependência foi se reconfigurando, metamorfoseando e ganhando características diferentes, cada vez mais perversas e excludentes”, argumenta Carlúcia Maria Silva, membro da Comissão Nacional Fé e Política do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) e uma das organizadoras do evento.

Temas como violência estrutural, dívida pública, direitos sociais, educação popular, segurança alimentar, democracia e a proteção aos territórios indígenas serão tratados pela 28ª edição da manifestação.

“Queremos trazer o grito de todos os brasileiros que vivem em situação de dependência. Seja dependência econômica e política, ou a dependência de cuidados e de proteção, negados todos os dias”, enfatiza a organizadora.

Carlúcia acredita ainda que o posicionamento e a vontade de mudar a realidade do país também precisam aparecer na disputa eleitoral deste ano. “Vivendo esse momento importante de eleições, precisamos chamar a população para votar consciente”, conclui.

No dia 7 de setembro, a marcha do Grito dos Excluídos está agendada para as 10 horas, na Praça Vaz de Melo, no bairro Lagoinha, com encerramento na Ocupação Pátria Livre, na Pedreira Prado Lopes.

“Queremos dialogar principalmente com a população de rua que vive no entorno da região. No encerramento, faremos uma atividade política e cultural na ocupação, para darmos voz e vez à população”, conta Jair Gomes Pereira Filho, também organizador do Grito das Excluídas e dos Excluídos.

Na mesma data, a Ocupação Pátria Livre, organizada pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), comemora seus cinco anos.

Nosso grito vai florescer

Para preparar as flores que serão distribuídas na nossa marcha, a organização do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos vai realizar uma produção coletiva de flores de papel.  Vamos somar nesse mutirão de cores e esperança. A atividade vai acontecer nesta sexta-feira, 2 de setembro, das 17 horas às 21 horas, no Galpão Pátria Livre, na Rua Pedro Lessa, 435, Bairro Santo André.


Disponível em <https://sindifes.org.br/sindifes-participa-de-reuniao-do-conselho-estadual-de-defesa-dos-direitos-humanos-que-discutira-as-atividades-de-divulgacao-e-preservacao-da-memoria-dos-60-anos-do-golpe-de-1964/> Acesso: 18/04/2024 às 08:38