Reitor da UFMG manda suspender cortes nos salários dos TAE´s
Suspensão aconteceu após solicitação do Sindicato ao dirigente. Trabalhadores que tiverem o corte no salário de outubro (contracheque de novembro), terão devolução de valores no mês seguinte
O Reitor da UFMG, professor Clélio Campolina, em reunião com a Coordenação Geral do SINDIFES e da APUBH, que contou também com a participação das assessorias jurídicas das entidades (Marcelo Aroeira e Flávia Mesquita), informou, na manhã desta segunda-feira, dia 24 de outubro, que pessoalmente determinou a suspensão dos cortes da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) até que a Advocacia Geral da União e o Tribunal de Contas da União se pronunciem definitivamente sobre o assunto. Uma cópia do ofício foi entregue a coordenação geral do SINDIFES e da APUBH.
Entendendo a situação
Na última sexta-feira, dia 21 de outubro, o SINDIFES divulgou uma nota criticando a decisão da Pró-Reitoria da UFMG de cortar os salários dos Servidores que receberam os valores de boa-fé. A decisão contraria as determinações do TCU e AGU – clique aqui para ler a nota. Para a Coordenação Geral do Sindicato a suspensão dos cortes demonstra um avanço nos diálogos e na construção de meios de ser resolverem os conflitos, fora da esfera jurídica, o que certamente traria ônus para a Instituição, tanto financeira quanto político.
O Reitor ainda esclareceu que como a folha de pagamento já havia sido enviada ao SIAPE os cortes serão processados neste mês, porém, já no próximo mês (novembro) estarão suspensos e que haverá a devolução do valor cobrado dos trabalhadores no mês seguinte (dezembro). Clique aqui para baixar o ofício enviado pelo Reitor à PRORH.
Ponto eletrônico com 40h para toda Universidade
Outro ponto de pauta tratado na Reunião foi a Flexibilização da Jornada de Trabalho para os Servidores Técnico-Administrativos em Educação. O reitor foi claro ao dizer “que o conjunto dos Diretores já o procuraram para solicitar a instalação do ponto eletrônico com 40h”, o que deverá acontecer em breve. A coordenação do SINDIFES fez a defesa da jornada de 30h para toda a Universidade e informou ao Reitor que a Categoria está mobilizada e unida nessa luta. “Mesmo sabendo que a intenção dos diretores é implantar o ponto eletrônico com 40 horas, a Categoria irá lutar para que seja mantido o regime de 30 horas que muitas unidades já fazem. Em relação ao ponto eletrônico, somos contrários, pois a Universidade já tem outras formas de controle de ponto, mas se vier que venha com a jornada de 30 horas” enfatizou Cristina del Papa.
O Reitor informou que futuramente o assunto será pautado no Conselho Universitário. A direção do SINDIFES avisou que a mobilização pelas 30 horas já começou e que haverá um movimento de resistência contra as 40h. “No HC os trabalhadores estão perdendo a jornada de 31h15. São pessoas que há 10, 15 anos trabalham 6h por dia e agora são forçadas a fazer 8h. Isto em um ambiente insalubre, desgastante e com todas as especificidades do atendimento hospitalar. Faremos a resistência e iremos demonstrar que a jornada de 30h é melhor para todos”, finalizou a coordenadora.
O Reitor declarou que a posição da Administração Central é que toda a Universidade trabalhe em regime de 40 horas e que as 31h15 será defendida somente para os servidores do HC-UFMG que prestam atendimento “de cabeceira de leito” – conforme documento votado pelo Conselho Diretor do Hospital.
Curso de Especialização
Por fim, foi tratado o ponto relacionado ao curso de Especialização específico para os TAE´s, que a PRORH está formulando em parceria com o SINDIFES. Foi ponderada a necessidade de que o curso tivesse no mínimo 200 vagas na primeira edição, pois já existe uma capacidade instalada que consegue assimilar essa demanda. Há também uma demanda reprimida para qualificação de aproximadamente 600 pessoas, o que também justifica a oferta das 200 vagas.
O SINDIFES foi informado por sua representante, integrante da Comissão que está discutindo a grade curricular, que a Administração Central propôs a oferta de somente 100 vagas. A coordenação geral do Sindicato solicitou ao Reitor que analise a possibilidade de permanecer com as 200 vagas previstas inicialmente na discussão da Comissão e pela coordenação do curso. A direção do Sindicato disse também que se o problema fosse de cunho financeiro o SINDIFES estaria disposto a financiar parte das vagas. O Reitor declarou que o problema não era financeiro e que vai estudar a possibilidade de que sejam mantidas as 200 vagas.
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Disponível em <https://sindifes.org.br/assembleia-tematica-discutira-qualificacao-dos-tae-do-cefet-mg-nesta-quinta-26/> Acesso: 28/06/2025 às 07:15