SINDIFES convoca a Categoria para Ato e Paralisação no Dia Internacional das Mulheres, 8/3

O SINDIFES convoca todos os Técnico-Administrativos em Educação da UFMG, CEFET-MG e IFMG, para a Paralisação Nacional e Ato pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, no dia 8 de março. Na pauta das atividades do Dia Internacional das Mulheres, além das denúncias do aumento da violência e discriminação de gênero entram também os impactos da Reforma da Previdência Social.

A concentração paro ato será feita às 16h na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte e posteriormente uma caminhada rumo a Praça da Liberdade.

O ato é organizado pela CUT-MG em conjunto com entidades sindicais de diversas áreas e movimentos sociais e tem como objetivo a conscientização da sociedade sobre as pautas históricas do movimento feminista, como o fim da violência de gênero e o direito ao próprio corpo, por exemplo; além de alertar a sociedade sobre os impactos negativos da reforma da Previdência Social.

Além de impossibilitar a aposentadoria, a reforma da Previdência Social vai aumentar a desigualdade entre os gênero. As mudanças na idade e tempo de aposentadoria desconsideram as jornadas duplas e triplas que as mulheres são submetidas e as diferenças biológicas. O constitucionalista Temer se esquece do princípio constitucional da igualdade que significa “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam”, buscando o equilíbrio entre todos.

Paralisação na UFMG, CEFET-MG e IFMG

Nas unidades da UFMG, CEFET-MG e IFMG, em Belo Horizonte, a paralisação será realizada após às 14h para que todos participem das atividades. Os TAE que participarem deverão assinar a lista de presença no evento para que seja possível o abono das horas paralisadas.

O SINDIFES irá disponibilizar um ônibus para levar os TAE da UFMG do Campus Pampulha e Saúde para a concentração na Praça da Assembleia. O ônibus sairá às 14h30, do ponto em frente a FACE-UFMG, parando às 15h em frente a Faculdade de Medicina da UFMG e depois seguindo para a Praça da Assembleia. Não haverá ônibus para voltar.

Escalada da violência contra a Mulher

Agressões físicas e psicológicas são as principais formas de violência contra mulheres. Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), ainda assim, hoje, contabilizamos 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil no 5º lugar no ranking de países nesse tipo de crime. Segundo o Mapa da Violência de 2015, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex-parceiro. Essas quase 5 mil mortes representaram 13 homicídios femininos diários em 2013.

O Mapa também mostra que a taxa de assassinatos de mulheres negras aumentou 54% em dez anos, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. Chama atenção que no mesmo período o número de homicídios de mulheres brancas tenha diminuído 9,8%, caindo de 1.747, em 2003, para 1.576, em 2013.

Usando dados do Ministério da Saúde, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) analisou os registros de violência sexual e concluiu que 89% das vítimas são do sexo feminino e em geral têm baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. Em metade das ocorrências envolvendo crianças, há um histórico de estupros anteriores. 70% dos estupros são cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima.
(http://www.compromissoeatitude.org.br/alguns-numeros-sobre-a-violencia-contra-as-mulheres-no-brasil/)X


Disponível em <https://sindifes.org.br/cefet-mg-realiza-assembleia-sindical-geral-nesta-quarta-25/> Acesso: 26/06/2025 às 13:11