NOTA DE DESAGRAVO DA BASE DO SINDIFES
NOTA DE DESAGRAVO DA BASE DO SINDIFES
As trabalhadoras e trabalhadores da base do SINDIFES, reunidos em assembleia geral realizada no dia 29 de maio de 2024, vêm manifestar o seu veemente repúdio à nota apócrifa, supostamente atribuída a membros de chapas concorrentes no último CONFASUBRA, contra a atuação da Coordenadora Geral da FASUBRA e do SINDIFES, Cristina del Papa, na mesa de negociação com o governo federal, no dia 21 de maio último. Adota-se nesta resposta a adjetivação “supostamente” porque os prováveis signatários se esconderam atrás de números, esperando, desta forma, não serem identificados, o que por si só demonstra as suas intenções escusas, além da promoção de prática antissindical. Não assinar e colocar números de chapas forja uma suposta maioria que, caso o tema fosse debatido de outra forma, poderia não se confirmar.
A referida nota, por meio de denunciação caluniosa, constrangeu nacionalmente uma mulher ocupante do cargo de primeira coordenadora geral, a mais alta função de representação administrativa e política da FASUBRA, uma Federação que tem cerca de 230 mil representados, se utilizando de termos e expressões com o óbvio intuito de humilhá-la e submetê-la à execração pública. Contudo, ainda que houvesse algum motivo para tal atitude denuncista, os missivistas atropelaram todo o ordenamento estatutário da FASUBRA, a exemplo de discussão e apresentação de crítica em reunião do pleno da direção da Federação, com amplo direito de defesa à coordenadora, estabelecimento de comissão de ética, dentre outros instrumentos passíveis de serem adotados, se fosse o caso.
Também se utilizou na nota, de forma irregular, indevida e ilegal, a logomarca da FASUBRA, que nunca pode servir a intenções de grupos, por ser a Federação uma entidade colegiada e plural, que precisa ter deliberação da maioria em fórum competente, conforme seus regimentos e estatuto. Ainda, de acordo com deliberação de Plenária Nacional da Federação, nenhuma nota de repúdio da FASUBRA pode sair em nome da direção sem passar pelo crivo da análise jurídica do/s seus advogado/s, o que não aconteceu, reafirmando e aumentando a arbitrariedade da ação. Politicamente, a FASUBRA tinha um acordo tácito entre as forças de que jamais se deveria fazer nota de repúdio contra companheira/s e companheiro/s de lutas. Mais um dogma da Federação que caiu por terra, contra todos os seus princípios valorativos.
Além disso, o conteúdo da referida nota denota um comportamento muito presente na extrema direita atualmente e que, lamentavelmente, se instalou no âmbito de algumas entidades sindicais, e diz muito sobre a conduta dos responsáveis por sua escrita, de cerceamento à diversidade de opiniões e à liberdade de expressão, tentativa de silenciamento, exposição da coordenadora e sua desqualificação perante milhares de trabalhadores técnico-administrativos em educação em todo o Brasil, unicamente com o intuito de humilhá-la e, por meio do escárnio público, descredenciá-la como uma das interlocutoras na mesa nacional de negociações junto ao governo federal.
A nota atribui uma postura antissindical à Cristina del Papa, somente pela correta leitura da conjuntura nacional apresentada pela mesma na mesa nacional de negociação, análise esta que foi constantemente recusada pelos ora detratores, caracterizando uma tentativa de deslegitimar a representatividade da coordenadora geral através de sórdida campanha difamatória, cujos supostos signatários sequer tiveram a coragem de colocar seus próprios nomes. Ao querer se esconder no anonimato, explicitaram tão somente a sua grande covardia.
A análise de conjuntura apresentada pela Coordenadora Geral da FASUBRA, em sua rápida explanação na mesa de negociação, tão somente desnudou diante da categoria o necessário debate da verdadeira situação que atravessa o país e os fatos que devem nortear os negociadores, a fim de não imporem nova derrota às nossas reivindicações, a exemplo do que já aconteceu no ano de 2015. Os atores que tentam ocultar da categoria a análise da conjuntura nacional e suas implicações no âmbito das negociações parecem não ter aprendido nada com o passado recente, e querem repetir a mesma história.
Diante da perda de espaço na representatividade junto à categoria, forças antes antagônicas no debate político da FASUBRA se reuniram em alianças espúrias, se somando a outras pessoas sem nenhuma militância sindical, passando a vender ilusões para os trabalhadores TAE, prometendo ganhos irreais. Contudo, diante da frustação de não terem como entregar suas mirabolantes promessas ante à realidade conjuntural, resolveram atribuir seu insucesso à atuação da Coordenadora Cristina del Papa, elegendo um “bode expiatório”.
Práticas antissindicais, etarismo, misoginia, homofobia e racismo, muito presentes em determinados comportamentos em segmentos deste atual movimento grevista, aumentam a confusão e a divisão entre os TAE das instituições federais de ensino, e devem ser sempre rechaçadas pela nossa categoria, e jamais incentivadas e fomentadas.
Por fim, resta-nos afirmar que tanta energia e tempo despendidos em desviar o foco do debate do seu principal eixo – a conquista de ganhos para a categoria – certamente prejudica a todos/as, tendo em vista a exposição pública das divergências entre os grupos que compõem a direção da FASUBRA Sindical. Ainda que a coordenadora tivesse cometido um equívoco, o que não foi o caso, este tipo de divisionismo exposto pelas disputas internas somente demonstram as fragilidades do movimento sindical, que superam e muito as diferenças de análises contidas no conteúdo da fala da coordenadora na mesa de negociação.
Dessa forma, manifestamos todo nosso apoio à Cristina del Papa, grande companheira e importante militante dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação, apresentando a ela nossa total solidariedade.
TRABALHADORAS E TRABALHADORES DA BASE DO SINDIFES
Belo Horizonte, 29 de maio de 2024
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Disponível em <https://sindifes.org.br/cefet-mg-realiza-assembleia-sindical-geral-nesta-quarta-25/> Acesso: 26/06/2025 às 11:33