Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos, exalta Novembro Negro da UFMG na luta antirracista na cerimônia da abertura da celebração.

Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, participou da cerimônia de abertura das celebrações do Novembro Negro, realizada na tarde desta segunda-feira, 4 de novembro, no auditório da reitoria da UFMG, localizado no campus Pampulha. Ao seu lado, compuseram a mesa, a reitora da UFMG, professora Sandra Goulart Almeida, o vice-reitor, professor Alessandro Fernandes Moreira e a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Licínia Maria Correa. 

A reitora Sandra Goulart celebrou a realização da 7º edição do Novembro Negro, principalmente pelo tema deste ano, “A luta antirracista na UFMG”. Segundo ela, este é um importante momento de reflexão tanto para a  para sociedade e para quanto para a UFMG diante dos retrocessos vividos nos últimos anos. E completa, que a luta antirracista é essencial para a construção de um país mais equânime.

Na sequência, a ministra dos Direitos Humanos ressaltou a importância da realização do Novembro Negro pela UFMG, uma das universidades de maior destaque no país. Ainda, segundo Macaé, a força das universidades vem da pluralidade que constitui o povo brasileiro.

Em sua fala, Macaé Evaristo também celebrou a presença de estudantes negros nas IFES após a criação da política de cotas e ações afirmativas. Entretanto, ela ressaltou a necessidade de refletir esses avanços também na produção de conhecimento, que valorize a cultura e o conhecimento das comunidades tradicionais. Como ela mesmo afirmou, é necessário que mesmo diante das dificuldades e das nossas [das pessoas negras] contradições, seguirmos abrindo caminhos como as águas diante das pedras.

Ela expressou que deseja, enquanto ministra, levar a pauta dos Direitos Humanos para o cotidiano dos brasileiros, garantindo que as pessoas com deficiência e os idosos possam acessar plenamente seus direitos. Ela também pretende ampliar a noção de dignidade humana às questões ambientais, como o acesso à água, à terra e o respeito ao meio ambiente, lembrando as consequências desastrosas vividas em Minas Gerais após os crimes ambientais da Vale e da Samarco em Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Ao finalizar sua conferência, Macaé convidou sua prima e escritora, Conceição Evaristo, para declamar o poema “Vozes Mulheres”.

A cerimônia foi encerrada após uma breve fala da professora Licinia Correa sobre a questão racial no contexto estudantil dentro da UFMG. Ela também apresentou brevemente a programação do Novembro Negro.

Cristina del Papa e Rogério Fidélis, coordenadores gerais do SINDIFES,; Waldir de Paula Martins, coordenador da pasta de políticas raciais e antirracismo; Eunice Soares Pinto, coordenadora da pasta de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador; Jonas Rodrigues Frois; coordenador da pasta de Assuntos de Aposentadoria e Pensões; Kayla Veruska da Silva e Raimundo Fábio Alves, membros da diretoria, estiveram presentes na cerimônia representando o Sindicato.

Assista à cerimônia completa no Youtube: