Comissão Permanente de Diversidade e Gênero da UFMG entrega proposta de criação de cotas para pessoas trans na graduação e pós-graduação à Reitora

Comissão Permanente de Diversidade e Gênero da UFMG entrega proposta de criação de cotas para pessoas trans na graduação e pós-graduação à Reitora 1

A Comissão Permanente de Diversidade de Gênero e Sexualidade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entregou, na tarde desta segunda-feira, 28 de abril, uma proposta de resolução que institui cotas para pessoas trans nos processos seletivos de graduação e pós-graduação da instituição. A proposta foi recebida pela reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart de Almeida, em reunião realizada no campus Pampulha, em Belo Horizonte.

Participaram do encontro a técnica-administrativa em educação e coordenadora-geral do SINDIFES, Cristina del Papa; a professora Joana Ziller de Araújo Josephson; o professor Carlos Magno Camargo Mendonça; a técnica-administrativa em educação, Bianca Jaqueline Silva; os/as discentes Rian Silvério Pereira e Ana Sol Kosiniuk Martins; e a representante externa Gisella Lima.

A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso de pessoas trans ao ensino superior, promover a equidade e fortalecer a diversidade na UFMG, criando oportunidades para quem enfrenta desigualdades decorrentes da identidade de gênero. Segundo a Comissão, a prioridade é a implementação das cotas na graduação, considerada a principal porta de entrada no ambiente acadêmico.

De acordo com a proposta, será reservado um percentual de 2% de vagas — adicionais ou suplementares — em todos os cursos de graduação, com no mínimo uma vaga garantida por curso. A medida também prevê a criação de vagas específicas para pessoas trans nos programas de pós-graduação, bem como para candidatos maiores de 18 anos no Colégio Técnico (COLTEC) e no Teatro Universitário (TU).

A reitora informou aos membros da Comissão que a resolução de cotas da pós-graduação está em processo de revisão e que, neste momento, o mais adequado seria priorizar a proposta voltada à graduação. Ela sugeriu que a inclusão das cotas na pós-graduação ocorra no âmbito da discussão já iniciada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Para garantir que a política de cotas atenda às camadas mais vulneráveis da sociedade, será exigido o critério de renda familiar per capita de até um salário mínimo. Além disso, a UFMG propõe a criação de uma comissão complementar à autodeclaração, com o objetivo de prevenir fraudes.

Caso a proposta seja aprovada, a UFMG se tornará a terceira universidade mineira e a 17ª instituição de ensino superior no Brasil a adotar políticas afirmativas específicas para a população trans, reafirmando seu compromisso histórico com a inclusão e os direitos humanos.


Disponível em <https://sindifes.org.br/cefet-mg-realiza-assembleia-sindical-geral-nesta-quarta-25/> Acesso: 25/06/2025 às 19:23