FASUBRA convida mulheres trabalhadoras de todo país ao engajamento nos espaços de poder

As relações sociais de mulheres negras nos espaços de poder ainda tem representação reduzida no Brasil. De acordo com o censo de 2010, 53,3% da população é constituída por mulheres e 52% da população é negra. Resumindo, mulheres são maioria e principalmente negras, porém, não há representação expressiva na tomada de decisões. Mulheres são a parte da sociedade que padece por opressões como o sexismo, machismo, racismo, lesbotransfobia, violência doméstica, mortes por parceiros. Sofrem ainda com a diferença salarial em relação aos homens no mercado de trabalho e com a pobreza.

Para que haja transformações de fato no cotidiano socioeconômico da mulher negra brasileira, é preciso engajamento nos espaços de poder. Atualmente, o Congresso Nacional é representado por 513 deputados federais e 81 senadores, são 51 mulheres na Câmara dos Deputados e 5 no Senado Federal. Como maioria, não podemos continuar com o mínimo na tomada de decisões. Neste dia, a FASUBRA busca a reflexão dos trabalhadores técnico-administrativos em educação sobre a realidade da mulher negra na América Latina e no Brasil. O objetivo é incentivar o engajamento das mulheres trabalhadoras da base na disputa por espaços de poder promovendo mudança cultural contra a desigualdade nos locais de trabalho e transformações socioeconômicas na sociedade, construindo políticas de crescimento para as mulheres em todo país.

Mulher, sua força pode mudar o mundo!

Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe

O dia 25 de julho, escolhido em 1992 para marcar a luta da mulher negra latina é mais uma data que deve ser utilizada para impulsionar a luta cotidiana das mulheres.

Apesar dos pequenos avanços conquistados no Brasil e no mundo através da luta das mulheres, o dia “25 de julho” ainda é um dia de reflexão e “luto” em memória de tantos milhões de mulheres que tiveram suas vidas violentamente marcadas ou simplesmente ceifadas.

Mulheres cujas histórias de sofrimento e lutas tiveram início quando nossas primeiras ancestrais foram sequestradas da África e se viram presas aos grilhões físicos, morais, emocionais, políticos, econômicos e também sexuais. É lamentável que este tipo de coisa ainda aconteça na América Latina e no Caribe.
Uma situação que, para ser compreendida de fato, precisa sempre considerar a profundidade do que significa ser “duplamente oprimida”, como mulher e como negra. Significa, dentre muitas outras coisas, ser vista como um “objeto”, como os machistas vêm todas as mulheres; mas, também, ter um passado como “escrava”, ou seja, ser vista, pelos “donos do mundo”, como “objeto” desde sempre, feita para servir, “disponível” a qualquer hora e para qualquer coisa, mas ainda indigna de se postular a ser gente.


Disponível em <https://sindifes.org.br/cefet-mg-realiza-assembleia-sindical-geral-nesta-quarta-25/> Acesso: 26/06/2025 às 16:42