Marcha das Margaridas: SINDIFES participa da maior mobilização de mulheres da América Latina
Na última quarta-feira (16), Brasília foi tomada pela força, coragem e resistência das centenas de trabalhadoras do campo, da floresta, das águas e das cidades que participaram da 7º edição da Marcha das Margaridas, considerada uma das maiores ações de rua do mundo e a maior mobilização de mulheres da América Latina.
Mulheres de todas as regiões do Brasil e de outros 33 países percorreram um trajeto de aproximadamente 6 km – do Parque da Cidade até o final da Esplanada dos Ministérios – reivindicando pautas como democracia participativa e soberania popular, fortalecimento da agricultura familiar, fim de todas as formas de violência contra a mulher, maior participação feminina na política, entre outras.
Em resposta às Margaridas, no final do ato o presidente Lula anunciou uma série de medidas que atendem parte das principais solicitações. Entre elas, destacam-se o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, o Plano Emergencial de Reforma Agrária com prioridade para as mulheres no processo de seleção e a retomada da Bolsa Verde, um benefício para famílias de baixa renda que vivem em áreas a serem protegidas ambientalmente.
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“DA LUTA NÃO FUJO”
O SINDIFES mais uma vez esteve presente na Marcha das Margaridas, com uma delegação que contou com a participação da diretoria e de Técnica-Administrativas em Educação.
Com a bandeira do Sindicato e seu chapéu de palha florido, a TAE da UFVJM, Juliana Lages, viajou de Diamantina para participar do ato pela primeira vez. De acordo com Juliana, quanto mais mulheres se unirem em ações como esta, mais força teremos para derrubar a cultura patriarcal e conquistar mais espaços: “meu filho de 13 anos não queria que eu viesse, mas expliquei para ele a importância desse tipo de luta para construirmos uma sociedade pautada pela equidade”, completa.
Já a servidora aposentada Sandra Dias estava em sua terceira Marcha. Sandra disse que sempre se emociona com a representatividade do evento e com a diversidade de mulheres que tomam conta dos espaços de discussão. Mas, para ela, esta edição tem um “gostinho especial” por se tratar do primeiro grande ato popular pós-eleições. “Depois de quatro anos de um governo fascista, estarmos reunidas na capital do país, retomando os diálogos com o poder público, é algo muito significativo”, disse.
INSPIRAÇÃO E HOMENAGEM
O nome da Marcha é uma homenagem à Margarida Alves, trabalhadora rural e sindicalista paraibana assassinada em 12 de agosto de 1983 com um tiro no rosto a mando de latifundiários, devido a sua luta pelos direitos da categoria. Até hoje o crime, que acaba de completar 40 anos, segue impune, mas seu legado permanece vivo!
Além da sua trajetória mobilizar mulheres de todos os estados em uma caminhada que honra, celebra e dá continuidade a sua luta, o nome de Margarida Alves acaba de ser incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também chamado Livro de Aço, como a heroína das ligas camponesas e dos trabalhadores rurais do Brasil.
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Disponível em <https://sindifes.org.br/marcha-das-margaridas-sindifes-marca-presenca-na-maior-mobilizacao-de-mulheres-da-america-latina/> Acesso: 23/09/2023 às 04:25