Milhares de trabalhadores e estudantes ocupam as ruas de Belo Horizonte contra a reforma da Previdência

Milhares de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes tomaram as ruas de Belo Horizonte na manhã desta sexta, 14 de junho, dia da Greve Geral Contra a Reforma da Previdência e Contra os Cortes na Educação. O ato é um desdobramento das manifestações realizadas nos dias 15 e 30 de maio e também foi realizada em mais de 20 cidades mineiras.

Trabalhadores da Educação, dos Correios, da saúde, metroviários, da Copasa, bancários, metalúrgicos e eletricitários, entre outras categorias participaram da Greve Geral. Ao menos 28 organizações: 10 sindicatos, 5 entidades estudantis, 7 centrais sindicais e 6 federações ou confederações marcaram presença nas manifestações.

Para a coordenadora do SINDIFES, Cristina del Papa, a Greve Geral é um forte recado para o Governo, “estamos nas ruas contra a reforma da Previdência e contra os cortes na Educação. Não iremos aceitar que o governo e parlamentares os tirem direitos. Se votar a favor da reforma, não volta!”, disse ela.

Intervenções em Belo Horizonte começaram cedo

As atividades começaram cedo, com fechamento de avenidas e estações do MOVE. A comunidade universitária da UFMG fechou a avenida Antônio Carlos por volta das 6h da manhã, que foi reaberta com a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Não houve confronto e a reabertura da avenida ocorreu pacificamente.

Às 8h30 começaram a sair os ônibus do campus Pampulha em direção ao campus Saúde, onde os três segmentos da UFMG se concentraria para a marcha rumo ao ato unificado na praça Afonso Arinos.  Por volta das 10h, começou a primeira parte do ato, com a comunidade universitária da UFMG, CEFET-MG e IFMG caminhando rumo a Praça Afonso Arinos, passando pelas avenidas Alfredo Balena, Afonso Pena e João Pinheiro.

Na praça Afonso Arinos os discursos lembravam a importância de barrar a reforma da Previdência que aumenta a idade mínima para aposentadoria e amplia o tempo mínimo de contribuição. As falas também questionaram a política de desmanche e privatizações dos governos federal e estadual. O governo Zema também foi fortemente atacado por não estar conseguido fazer a gestão do estado e descumprir todas as promessas de campanha.

Ao meio dia, a passeata seguiu pelas avenidas João Pinheiro, rua dos Timbira, Avenida Afonso Pena, Praça Sete, Avenida Amazonas e terminando na Praça da Estação, onde foi realizado um ato cultural.


Disponível em <https://sindifes.org.br/irany-campos-conta-sua-historia-de-militancia-em-efemeride-pelos-60-anos-do-golpe-militar-em-assembleia-geral-de-greve-do-sindifes/> Acesso: 25/04/2024 às 22:45