Técnico-Administrativos em Educação da UFMG deflagram Greve Sanitária na UFMG por condições seguras de trabalho

Os Trabalhadores e Trabalhadoras Técnico-Administrativos em Educação da UFMG deflagraram Greve Sanitária, por tempo indeterminado, nesta quarta-feira, dia 26 de janeiro, com a presença de 296 participantes, exigindo condições seguras de trabalho para o retorno às atividades 100% presenciais. A Categoria continuará realizando as atividades que puderem ser realizadas remotamente e o Comando de Greve irá deliberar sobre o trabalho que for considerado essencial (condições mínimas para realização, escalas e plantões). 

Para a Categoria não é aceitável que o retorno às atividades presenciais seja feito sem adequação dos ambientes laborais (espaçamento entre as estações de trabalho, ventilação adequada, limpeza, elevadores, entre outros), sem distribuição adequada de equipamentos de proteção individual (máscaras PFF2) e sem respeitar o planejamento realizado pela Universidade (Plano de Retorno Presencial) e os indicadores da pandemia.

Na última sexta-feira, dia 21, a direção do SINDIFES encaminhou um ofício à Reitora da UFMG, professora Sandra Goulart, informando que a Categoria não retornaria ao trabalho presencial sem a garantia das condições seguras de trabalho. No ofício, ainda foi argumentado que Belo Horizonte passa por um aumento significativo de casos de COVID-19 e Influenza (H3N2) e que a retomada das atividades presenciais, nas condições atuais, gerou um surto de COVID-19 no Coltec e casos no ICB e na Biblioteca Universitária. Estas unidades foram fechadas, por 10 dias, para evitarem mais contaminações.

Na Assembleia foram aprovadas as seguintes orientações:

  • os trabalhadores e trabalhadoras com atividades compatíveis com o trabalho remoto que aderirem ao movimento grevista devem permanecer no trabalho remoto conforme estabelecido desde o início da pandemia;
  • os trabalhadores e trabalhadoras que aderirem ao movimento paredista devem avisar imediatamente a Diretoria da Unidade e/ou chefia imediata;
  • os setores que estiverem fechados devido à Greve Sanitária devem ter um cartaz afixado na porta com informações de contato (email, telefone ou whatsapp) para o atendimento remoto;
  • os trabalhadores e trabalhadoras em greve sanitária devem continuar assinando a folha COVID durante o trabalho remoto e o ponto eletrônico em trabalho presencial;
  • os trabalhadores e trabalhadoras que tiverem atividades essencialmente presenciais devem aguardar uma orientação do Comando de Greve, assim como os casos individuais que devem ser submetidos ao comando;
  • articular por unidades, a análise das demandas de readaptação dos setores onde houver necessidade. Sem estas informações, não podemos cobrar as intervenções necessárias;
  • levantar as demandas para serem discutidas com a Reitoria durante as negociações;
  • produzir um protocolo de greve sanitária para orientar as ações, utilizando experiências externas e a partir das vivências na UFMG;

A Categoria também aprovou as diretrizes para a discussão da pauta de reivindicações pelo Comando de Greve:

  • A UFMG deve seguir o Plano de Retorno às Atividades Presenciais;
  • A UFMG deve distribuir, em quantidade adequada, máscaras PFF2 para trabalhadores e trabalhadoras;
  • Os ambientes de trabalho devem estar aptos a receberem trabalhadores e trabalhadoras durante a Pandemia (espaçamento entre as estações de trabalho, ventilação, barreiras físicas de proteção e etc.);
  • Cobrar divulgação dos números do Monitora COVID-19 UFMG

Ainda foi aprovado que o SINDIFES deverá propor ação judicial para exigir a obrigatoriedade do comprovante vacinal para acessar as dependências da UFMG.

A primeira reunião do Comando de Greve será na quinta-feira, dia 27 de janeiro, às 9h, via Zoom. O link será disponibilizado no site do SINDIFES.


Disponível em <https://sindifes.org.br/irany-campos-conta-sua-historia-de-militancia-em-efemeride-pelos-60-anos-do-golpe-militar-em-assembleia-geral-de-greve-do-sindifes/> Acesso: 26/04/2024 às 03:21