GOVERNO CONVOCA REUNIÃO DA MESA DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE PARA 28 DE FEVEREIRO
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) agendou para o dia 28 de fevereiro, às 14h30, a primeira reunião de 2024 da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP). A principal pauta do encontro será a discussão da contraproposta de recomposição salarial apresentada pelo FONASEFE no início deste mês.
Feita a partir de um estudo técnico realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a contraproposta propõe dois blocos de recomposição salarial:
- Bloco I – reajuste de 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores federais que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017);
- Bloco II – reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019).
O documento solicita também a equiparação dos valores dos benefícios (alimentação, creche e per capita de saúde) com os demais servidores do Legislativo e do Judiciário ainda este ano.
Quanto à pauta não-remuneratória, o FONASEFE solicita a revogação imediata de algumas medidas, como a IN 02/2018 e a IN 54/2021, e a retirada da PEC da reforma administrativa (PEC 32/2020).
Clique aqui para acessar a contraproposta do FONASEFE.
Proposta do Governo
Na última reunião da MNNP, o Governo Federal apresentou uma proposta que prevê recomposição salarial zero em 2024 e reajuste de 9% a ser pago em duas parcelas iguais de 4,5% a partir do ano que vem (a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026).
Para este ano, o MGI propôs aumento nos valores dos benefícios:
- Reajuste de 52% no auxílio-alimentação, passando para R$ 1.000,00 a partir de 1º de maio de 2024;
- Reajuste de 51% no valor do per capita da saúde suplementar, a partir de 1º de maio de 2024;
- Reajuste de 51% no valor da assistência pré-escolar, passando para R$ 484,90 a partir de 1º de maio de 2024.
Esses reajustes já foram autorizados na Lei Orçamentária de 2024, mas mantém a defasagem em relação aos benefícios do Legislativo e Judiciário.
Sobre a recomposição salarial, o secretário de relações de trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, informou que não foi apresentada uma proposta porque, até o momento, não há espaço no Orçamento federal para isso.
No entanto, de acordo com a ministra da Pasta, Esther Dweck, o Governo vai considerar a possibilidade de ajustes nos salários dos servidores se a arrecadação federal surpreender neste segundo bimestre e for suficiente para superar a meta de resultado primário.
Em entrevista recente ao Jornal Metrópoles, a ministra explicou que o novo Marco Fiscal (a regra de controle dos gastos públicos) prevê uma possibilidade — que não é tão grande do ponto de vista fiscal, mas existe — de uma recuperação das receitas em março permitir a ampliação das despesas para além do montante previsto. Se houver excedente, uma parte desses recursos (extras) iria para a recomposição salarial.
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Disponível em <https://sindifes.org.br/entidades-de-base-da-fasubra-sindical-aceitam-proposta-emergencial-de-9-do-governo/> Acesso: 26/06/2025 às 09:46