Categoria está em Brasília para tentar barrar a Reforma Administrativa

Atualizado no dia 16 de setembro, às 15h15

Após três dias de atos contra a Reforma Administrativa (PEC32/2020), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informou nesta quinta, 16, que a votação da proposta ficará para a próxima terça-feira, 21. Servidores Públicos de todos os lugares do país estão em Brasília, desde a terça-feira, visitando gabinetes de parlamentares e fazendo atos no Congresso com o objetivo de barrar a reforma, que traz impactos negativos para os serviços e servidores públicos.

Segundo a coordenadora de administração e finanças do SINDIFES, Rosângela Santos, somente a pressão dos servidores possibilitou esta vitória. “Após o adiamento da reunião, o líder da minoria (do Congresso) chamou as representações das delegações para uma conversa com os parlamentares. Nossa participação foi positiva”, conta ela que reforça o mote dos atos, “Se votar, não volta!”.

A imprensa divulgou o presidente da Câmara se reuniu com o deputado Armando Monteiro (PP-PE), e o relator, Arthur de Oliveira Maia (DEM-BA), e avaliaram que ainda não há como garantir a aprovação da PEC e que o ideal seria adiar até a próxima semana. Para aprovação, a reforma administrativa precisa de, no mínimo, 308 votos.

Delegação do SINDIFES está em Brasília para barrar a votação da PEC 32/2020

Categoria está em Brasília para tentar barrar a Reforma Administrativa 1

Servidores públicos de todo o país estão em Brasilia, desde o dia 14 de setembro para tentar barrar a votação do relatório da PEC 32/2020, conhecida como reforma administrativa, que tramita na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O parecer do relator, Arthur Maia (DEM/BA) já foi apresentado e entre os dias 14 e 16 de setembro serão discutidas as alterações e ementadas. O momento é decisivo para os servidores públicos pois, o presidenta da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL) já disse que está disposto a votar a PEC32 na semana seguinte a aprovação do relatório.

O SINDIFES, FASUBRA, CUT, FONASEFE e demais centrais e entidades sindicais estão realizando atos e atividades em Brasília com o objetivo de convencer os deputados da Comissão a rejeitarem o relatório e votarem contra a reforma administrativa, caso ela siga para o Plenário.

Categoria recebe deputados no aeroporto

Na manhã do dia 14, a delegação do SINDIFES, junto com outros servidores públicos recepcionaram os parlamentares e cobraram seu voto contra a PEC 32.

No período da tarde, foi realizado um ato ao lado do Congresso, onde deputados contrários a PEC 32/2020 discursaram sobre os impactos negativos que a proposta trará para a população, principalmente a mais pobre, que depende da educação e saúde pública.

O deputado federal, Rogério Corrêa (PT/MG), lembrou que a maior pressão sobre o deputado é a do eleitor. “É possível derrotar a PEC 32, porque ela é a PEC do desmonte do serviço público. O principal é vocês pressionando cada deputado e deputada, aquele que votar a favor da PEC32, não volta!”. Joênia Wapichana, deputada federal pela REDE/RR, destacou a importância dos servidores, “são vocês que estão na frente do combate a pandemia, tá faltando é investimento no serviço público, tá faltando é concurso público, melhores condições para os servidores. Quem não sabe administrar um país coloca uma PEC como esta. Não é assim que se resolve a questão”, disse ela.

Segundo dia começa com atividades

A coordenadora de organização sindical do SINDIFES, Helena Nara, lembrou que as atividades de segunda, 14, já fizeram 58 deputados se posicionarem contra a reforma administrativa. Para aprovação, a PEC precisa de 308 votos. Nesta terça, foi apresentado um novo relatório, em substituição ao anterior. De acordo, com o coordenador geral da FASUBRA, Antônio Alves Neto, ‘Toninho’, o texto amplia os ataques aos servidores públicos. “Hoje vamos tentar uma reunião com o relator ou com o presidente da casa para saber quais serão as dinâmicas apresentadas (para votação ou não do relatório e da PEC32). Nossa tarefa aqui é barrar a PEC32, no limite, tentar o máximo possível o adiamento dela, pois na segunda quinzena de outubro e início de novembro a Câmara começa a pensar no processo eleitoral de 2022, e sabemos que nenhum deputado quer perder voto com uma votação impopular como esta”, explicou.

.


Disponível em <https://sindifes.org.br/delegacao-do-sindifes-participa-de-ato-contra-o-novo-arcabouco-fiscal-em-brasilia/> Acesso: 23/04/2024 às 20:25