Relator da Reforma da Previdência reconhece que governo ainda não tem votos para aprovar proposta

Para aprovar a Reforma da Previdência são necessários 308 votos na Câmara dos Deputados. No videochat, desta quarta-feira, o relator reconheceu: a proposta não tem esses votos. Mas Arthur Oliveira Maia, do PPS baiano, acredita que isso pode mudar:

“Não tem votos para aprovar hoje não. Temos que ainda fazer um exercício político grande para tentar aprovar”.

Um passo nesse sentido foi dado na semana passada quando o relator apresentou algumas mudanças no texto. A DRU, por exemplo, Desvinculação das Receitas da União, que permite ao governo redirecionar 30% da sua arrecadação, não vai mais afetar o dinheiro destinado a seguridade social. Arthur Oliveira Maia reconhece que outros pontos ainda podem ser discutidos. É o caso da aposentadoria dos funcionários públicos que entraram antes de 2003.

“Eu propus que fosse feito uma regra de transição, mas estabelecendo no mínimo 60 anos. No mínimo 60 anos. Eles não querem. Eles querem se aposentar com menos de 60 anos. O País não aguenta (…) Está se trabalhando aí uma regra de transição para essas pessoas que entraram antes de 2003, que hoje nós botamos para eles só se aposentarem com 65, como nós botamos os deputados também”

O videochat foi uma oportunidade para que cidadãos pudessem enviar dúvidas. Como a de Jorge Júnior.

“Uma proposta dessa relevância, defendida por um governo com 94% de rejeição da população deveria ser discutida e votada nesta legislatura?”

“Quem está votando não é o governo. Agora, nós temos que entender que essa é uma necessidade do Brasil. Não se trata de uma proposta do governo Temer. Se trata de uma necessidade do Brasil. É uma questão de Estado, não é uma questão de governo”.

A base de apoio ao governo trabalha para colocar a Reforma da Previdência em votação no dia 6 de dezembro.

Reportagem – Tiago Ramos


Disponível em <https://sindifes.org.br/categoria-discute-carreira-no-terceiro-dia-do-xxiv-confasubra/> Acesso: 27/04/2024 às 02:56